Greve dos caminhoneiros trouxe insegurança e maior dificuldade para o consumidor firmar acordos em suas dívidas

 

Com o fim dos protestos, o desabastecimento foi revertido, mas os efeitos na economia do país vão se estender por muito tempo. Após a paralisação dos caminhoneiros, a vida da população está voltando ao normal. Os alimentos estão voltando aos mercados e os postos já estão com combustível normalmente, porém, os reflexos econômicos provocados pela greve podem perdurar por bastante tempo.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE – a recuperação econômica brasileira estava acontecendo de forma gradual, mas com os reflexos da greve, as projeções para o desempenho do PIB desse ano caíram de 3% para 2%.

Especialistas acreditam que esses isso afetará principalmente nas vendas do comércio, no volume de serviços prestados, e claro, na inflação. Mas já pode ser sentido no setor de recuperação de crédito.

Simone Silva, gerente de marketing do grupo KSL Associados, informou que em comparação do último bimestre, o mês de maio apresentou uma quebra maior de acordos por parte dos consumidores. Se antes, mais de 62% honraram seus acordos, em maio este número caiu para 44%. “Essa queda é significativa, e acaba sendo prejudicial para o consumidor que ainda continua com o nome negativado”, comenta.

Para ela, os principais motivos apresentados pelos devedores foram a insegurança e a impossibilidade de poder trabalhar nesse período, gerando assim, dificuldade financeira.

“A partir de agora, para minimizar os futuros reflexos da paralização, a KSL Associados está orientando seus colaboradores a reforçar sempre o atendimento humanizado, pois assim, o consumidor consegue explicar melhor sua condição financeira e nossa equipe consegue flexibilizar melhor a situação”, finaliza.