Segundo levantamento, o percentual de inadimplentes atingiu a marca de 24,8%
Segundo dados da Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, divulgada no último dia 18 de fevereiro, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o percentual de famílias endividadas – com dívidas em atraso ou não – no país chegou a 66,5% em janeiro de 2021, ficamos acima das taxas de dezembro de 2020 – 66,3% – e janeiro do mesmo ano – 65,3%.
Já o percentual de inadimplentes, ou seja, famílias com dívidas ou contas em atraso, chegou a 24,8%, abaixo dos 25,2% de dezembro e acima dos 23,8% de janeiro do ano passado. Para Edemilson Koji Motoda, presidente do Grupo KSL – empresa que atua no segmento de crédito e cobrança – isso se dá devido as incertezas em relação à pandemia.
“Na KSL Associados, o perfil de carteira de inadimplentes varia bastante, porém em algumas delas, quando conseguimos contato com o endividado, cerca de 40% fecha acordo e, destes, conseguimos manter uma média de 72% de pagamento em janeiro de 2021”, comenta.
O empresário reforça que nesse momento o consumidor deixou de consumir muitas coisas que antes fazia parte de sua rotina e acabou alterando algumas prioridades, por exemplo, se antes comia todos os dias fora, passou a cozinhar em casa, talvez nesse caso passou a gastar menos e com isso conseguiu economizar algum dinheiro. Já as empresas, especialmente as micro e médias empresas, podem ter sofrido mais o efeito da crise, uma vez que tiveram que fechar suas portas por dois ou até três meses.
Motoda acredita na importância de haver uma reeducação financeira nesse momento e informar a população sobre os benefícios da quitação de dívidas evitando acúmulos de encargos e juros. “Dívida é ruim para qualquer pessoa, assim, quanto antes puder quitá-la é melhor e fundamental para a organização e saúde financeira, além do mais essas medidas emergenciais são uma ótima oportunidade para colocar suas contas em dia. Nesse sentido, é sempre bom entrar em contato e buscar negociar formas que visem a quitação da pendência, evitando o acúmulo de encargos e juros, podendo ainda – de forma mais estruturada e equilibrada, voltar a consumir”, finaliza.