Brasileiro não tem hábito de poupar. Número de inadimplentes cresceu 2% em setembro

 

Especialista dá dicas de como se organizar e sair das dívidas

No Brasil, milhões de brasileiros se encontram como nome negativado. Segundo a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), o número de devedores cresceu 2% em agosto de 2019, em relação ao mesmo período do ano passado. Só no mês de setembro, o número de inadimplentes aumentou cerca de 1,3% em comparação ao mesmo período de 2018.

Uma das explicações para esses dados é a taxa de desemprego, que ainda é bastante alta. Para Edemilson Motoda, presidente da KSL Associados – empresa especializada em cobrança amigável e cobrança jurídica  – a educação financeira é um dos principais pontos para sair das dívidas. “Isso é algo primordial – planejamento – para que os gastos sejam menores do que o valor dos ganhos mensais. Além disso, para aqueles que já estão com contas em atraso, é importante que busquem o seu credor com o objetivo de negociar, evitando assim o acúmulo de encargos e juros”.

Uma boa negociação acontece mais facilmente quando o atendimento é humanizado, já que o diálogo entre cobradores e inadimplentes se torna mais flexível em casos de contratempos ou fatalidades, como desemprego, redução da renda, divórcio ou morte. “Na KSL nós orientamos os nossos colaboradores a sempre negociar caso a caso e sempre tentar conhecer os motivos que os levaram à situação de inadimplência, pois só dessa forma, é possível oferecer uma opção mais adequada a cada pessoa”, comenta Edemilson.

Mesmo com o ritmo acelerado de reincidentes – gente que saiu do vermelho, mas voltou a dever – é possível observar que o número de contas em atraso registrou queda de -2,5% no mês setembro, em comparação com mesma época de ano de 2018, segundo dados Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). O percentual foi a quarta redução seguida e mais significativa desde dezembro de 2017.

Ainda segundo levantamento da KSL, entre junho e agosto deste ano, houve uma média de 65% de recuperação (dívidas negociadas) em todas as regiões e segmentos em que a empresa atua. Se considerado apenas o setor de automóveis, o Norte se destaca com 83,14% de recuperação nas dívidas, seguido pelo Nordeste com 75,68%, Centro Oeste com 74,98%, Sudeste com 64,59% e Sul com 56,35%.