Especialista aconselha: brasileiro deve usar 13° salário para pagar dívidas

 

Cerca de 81 milhões de assalariados serão beneficiados com o pagamento Esperado por muitos brasileiros, o pagamento da primeira parcela do 13º salário saiu no último dia 30 de novembro. A remuneração será a salvação de muita gente este ano, uma vez que os consumidores podem utilizar o pagamento para negociação de dívidas.

Segundo uma análise feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), neste ano R$ 214,6 bilhões, serão inseridos na economia brasileira. Cerca de 81 milhões de brasileiros serão beneficiados com o pagamento adicional, em média, de R$2.451.

Cidadãos que estão com o nome no vermelho ou têm dívidas para serem quitadas, têm a oportunidade de utilizar o pagamento do benefício para conseguir sair da inadimplência. De acordo com dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), os inadimplentes teriam dívidas médias de R$3.239,48.

No Brasil há 62 milhões de inadimplentes, isso significa que cerca de 41% da população estão com contas em atraso. Um levantamento feito pela empresa de crédito e cobrança KSL Associados, entre agosto e outubro deste ano, mostra que houve uma média de 74,82% de recuperação (dívidas negociadas) em todas as regiões e segmentos em que a empresa atua. Considerando apenas o setor de autos, a recuperação foi de 82%, com dívidas de até 60 dias de entrada no escritório de cobrança.

Os credores estão dispostos a negociar para que o nome do consumidor esteja limpo para fazer novas compras. Com dinheiro do 13º na mão, o brasileiro que negociar as dívidas em atraso e obter vantagens e descontos nessa negociação, mas sair da inadimplência pode ser algo complicado, já que o brasileiro é refém de dívidas com altas taxas de juros, características de empréstimo, cartão de crédito ou cheque especial.

De acordo com o especialista em finanças Edemilson Motoda, diretor da KSL, o perigo é o pagamento ser utilizado por muitos como bônus para satisfações pessoais, com presentes de fim de ano. Então, o conselho é evitar essa tentação e usar o pagamento para tirar o nome do vermelho. “Esta é a época em que muitos planejam e reveem seus objetivos para o próximo ano e temos certeza que ninguém quer viver com dívidas e nome sujo. O 13º deve ser um alívio para

essa dor de cabeça”, finaliza Edemilson.