Apesar de toda a crise gerada pelo coronavírus, o Banco Central divulgou que a inadimplência tem caído no País, ao ponto de ser o menor marco na história do BC, desde 2011, registrando no mês de julho uma queda de 3,5% contra 4,0%, no mesmo período do ano passado.
Na opinião de Edemilson Koji Motoda, diretor do Grupo KSL, empresa do setor de cobrança, essa redução se deve ao auxílo emergencial, junto com a ideia de que o consumidor deixou de comprar muitas coisas que antes faziam parte da sua rotina, incluindo a diminuição das alimentações fora do lar. “Ao comparar o 1º e 2º trimestre de 2020, as recuperações dos contratos de Pessoa Jurídica, para o prazo de 60 dias de entrada no escritório, algumas carteiras tiveram queda de 18,43%. Já os contratos de Pessoa Física, em algumas carteiras, chegaram a apresentar o aumento na recuperação de até 10% em relação ao primeiro trimestre”, comenta.
Ou seja, se por um lado o cenário tem sido mais favorável para os consumidores, pelo outro, as empresas, especialmente as micro e médias, estão sofrendo mais com os efeitos da crise, chegando a fechar as suas portas por dois ou até três meses, segundo ele.
“Dívida é ruim para qualquer pessoa, assim, quanto antes puder quitá-la é melhor e fundamental para a organização e a saúde financeira. Além do mais essas medidas emergenciais são uma ótima oportunidade para colocar as contas em dia. Nesse sentido, é sempre bom entrar em contato e buscar negociar formas que visem a quitação da pendência, evitando o acúmulo dos encargos e os juros”, acrescenta Motoda.